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Argentina: Ex-presidente Macri responde na Justiça por suspeita de espionagem

Argentina: Ex-presidente Macri responde na Justiça por suspeita de espionagem

Macri, de 62 anos, é esperado às 12h locais (mesmo horário em Brasília) no tribunal de Dolores, 200 km ao sul de Buenos Aires. Seus simpatizantes organizaram uma caravana que o acompanhará à corte, em uma demonstração de apoio que acontecerá em meio à campanha eleitoral para as eleições parlamentares de meio de mandato, marcadas para 14 de novembro. Na votação, a coalizão de centro-direita Juntos pela Mudança espera obter resultados significativos.

Escutas durante as buscas por submarino desaparecido

O submarino "ARA San Juan" da Marinha Argentina, um TR-1700 de fabricação alemã com 66 metros de comprimento, desapareceu em novembro de 2017 com 44 pessoas a bordo, quando patrulhava as águas argentinas. O navio foi encontrado um ano depois, a 900 metros de profundidade, com a ajuda de marinhas de outros países.

A denúncia sustenta que os familiares dos soldados mortos no naufrágio foram alvo de escutas telefônicas e de outras interceptações durante o ano em que tentavam descobrir o que aconteceu.

"Esperamos que Macri cumpra a lei e se apresente como cabe e que, em vez de tentar uma defesa absurda, nos diga a verdade sobre quais foram os motivos para nos espionar ilegalmente", disse à AFP Luis Tagliapietra, pai de um dos marinheiros e advogado neste caso.

"Falsas acusações"

O ex-presidente argentino diz que se tratam de "falsas acusações" e tentou recusar o juiz, uma medida que foi rejeitada pela Câmara Federal de Mar del Plata na quarta-feira (27). Em um tenso clima político, a Câmara Federal pediu ao juiz moderação em suas expressões, pelo "possível impacto social" de um caso com "repercussão midiática e institucional", devido ao cargo dele, que ocupou o mandato de 2015 a 2019.

Já estão sendo processados neste caso os então chefes dos serviços de Inteligência Gustavo Arribas e Silvia Majdalani.

O ex-presidente já foi processado no passado, em 2010, por grampear ilegalmente um parente e vários adversários, quando era prefeito de Buenos Aires (2007-2015). O caso foi arquivado logo depois que ele assumiu a presidência.

Fonte: rfi

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