Capturados dois terroristas em Macomia
11/09/2021 01:18:00 da tarde
No local, o principal centro médico do departamento de Artibonite, o bloco operatório funciona de maneira improvisada – os médicos não conseguem chegar ao trabalho pela falta de combustível e os geradores de luz estão vazios. A escuridão é total.
Na entrada da emergência, cerca de 10 pessoas aguardam atendimento. Loudemie Fleuridort acompanha a mãe, gravemente ferida na cabeça, e a cunhada, com o braço quebrado, depois que ambas sofreram um acidente de trânsito.
“Vi doentes morrendo na minha frente. Se a minha mãe sobreviver, será graças a Deus”, afirma a mulher. “Cheguei no sábado com elas aqui e só no domingo um médico veio vê-las. Mas, por causa da falta de luz, não conseguem fazer mais nada, nem dar os pontos”, disse à reportagem.
O diretor médico Excène Joseph diz estar impotente. “Chegamos a um ponto em que não podemos receber mais pacientes não só porque faltam funcionários e medicamentos, mas simplesmente porque não tem combustível para alimentar o gerador. É uma situação extremamente grave e muito preocupante para qualquer um, inclusive eu mesmo”, alertou.
Hospital pede ajuda humanitária
Depois de ter feito de tudo para conseguir combustível, sem sucesso, o diretor sanitário departamental, Marcel Chatelier, teme uma catástrofe humanitária e pede ajuda internacional de emergência. “Apelamos à comunidade internacional e todos os que possam nos ajudar para facilitar a chegada do combustível, por mar ou helicóptero, até o hospital. Não é possível que pessoas possam morrer assim!”, indigna-se.
No Hospital de Traumatologia e Queimados de Tabarre, o único do país especializado no tratamento de queimaduras graves, a organização Médicos Sem Fronteiras agora só atende os casos de urgência vital. Sem rede elétrica funcionando normalmente, a entidade utiliza geradores próprios para poder realizar diversos serviços médicos.
Fonte: rfi
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