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110 países, incluindo a Guiné-Bissau, assinaram acordo para salvar as florestas do mundo

110 países, incluindo a Guiné-Bissau, assinaram acordo para salvar as florestas do mundo

Um compromisso crucial para salvar e recuperar as florestas do mundo foi anunciado oficialmente na Cimeira do Clima (COP26) que reúne os Líderes Mundiais na COP26, nesta terça-feira, 2 outubro 2021, na capital escocesa, Glasgow.

Mais de 1,6 mil milhões de pessoas no mundo dependem das florestas para sobreviver e os povos indígenas guardam pelo menos 36% das florestas ainda intactas.

Vários líderes indígenas presentes na COP26 reagiram ao anúncio da declaração. Tuntiak Katak, vice-coordenador das Organizações Indígenas para a Bacia do Amazonas, afirmou que espera “evidências concretas de uma transformação e se 80% do prometido for direcionado para o direito à terra e para as comunidades indígenas, haverá uma transformação dramática da tendência atual que está destruindo os recursos naturais”.

Os 110 países que assinaram o acordo, representam 85% das florestas do mundo e tem como principal objetivo: acabar com desflorestação até 2030.

Brasil, China e Rússia estão entre os países que assinaram o acordo, o que pode também servir como uma oportunidade paralela para a criação de empregos.

Com o acordo, foi divulgada uma longa lista de compromissos dos setores público e privado para combater a mudança climática e travar a destruição da biodiversidade, combater a fome e proteger os direitos dos povos indígenas.

Na declaração, os líderes mundiais prometem aumentar os esforços de conservação florestal e ecossistemas terrestres, acelerando sua recuperação e facilitando o comércio sustentável.

O texto também reconhece o poder das comunidades locais, incluindo os povos indígenas, que geralmente são afetados de forma negativa pela exploração de degradação das florestas.

A declaração também prevê a reestruturação de políticas agrícolas e de programas para reduzir a fome e beneficiar o meio ambiente. Os líderes prometem ainda facilitar o financiamento para reverter perdas e degradação florestal, acelerando a transição para uma economia verde.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, reagiu à notícia, afirmando que assinar o acordo “foi a parte fácil” e pediu que o compromisso seja de fato implementado, “para as pessoas e pelo planeta”.

Segundo o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson “proteger as florestas do mundo não é apenas uma ação para combater a mudança climática, mas também um ideal para um futuro mais próspero”.

O presidente russo Vladimir Putin, assim como outros líderes que não foram para a COP26, enviaram mensagens de vídeo apoiando a declaração.

Na última década, quase 40 vezes mais dinheiro foi usado para práticas destrutivas do que para a proteção das florestas e agricultura sustentável.

Na COP26, o compromisso assinado por mais de 30 instituições financeiras, de 8,7 triliões de dólares, prevê mudar esse quadro.

Fonte: Mercados  Africanos

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