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11/09/2021 01:18:00 da tarde
Os três clubes que estão nas últimas posições da tabela classificativa do Moçambola 2021, nomeadamente, Matchedje de Mocuba, Textáfrica do Chimoio e Desportivo Maputo, que de princípio devem disputar a Liguilha, submeteram uma carta de impugnação do comunicado da Federação Moçambicana de Futebol que determina as condições da disputa da prova as três.
De acordo com a carta, que também foi submetida junto a Secretaria de Estado do Desporto, os três clubes entendem que “a referida decisão foi tomada unilateralmente pela Federação Moçambicana de Futebol e tornada pública no dia 18 de Agosto de 2021, sob alegação de que a próxima edição do Moçambola seria disputada por 12 equipas, e não as habituais 14, em face da não realização dos campeonatos provinciais, devido às restrições impostas pela COVID-19”.
E porque a decisão da FMF foi tomada no decurso da disputa da actual competição, que termina já este final de semana, sem prévia e profunda consulta aos clubes, “pior sem qualquer preocupação de mobilizar consensos”, segundo a carta, a mesma (decisão) “para além de ser de duvidosa legalidade, porque, a nosso ver foi tomada por órgão despida de legitimidade, é manifestamente inoportuna e injusta”.
Para os clubes visados, o primeiro aspecto problemático é o facto de ter-se adoptado uma decisão à margem da Assembleia-geral da Liga Moçambicana de Futebol, ou em última instância a Assembleia-geral da FMF, órgão que tem competência para deliberar validamente sobre a alteração do modelo do Moçambola, Liguilha ou Poule, implicando a alteração da composição das equipas.
Por outro lado, os três clubes consideram que a realização da Liguilha em Vilanculos, de 21 a 28 de Novembro, vai agudizar a crise financeira a estas equipas votadas, desde o início da temporada, em face da não entrada de finanças vindas da bilheteira e outras formas de arrecadação, devido a imposição da COVID-19.
“A FMF, ao impor a realização da Liguilha em Vilanculos, definitivamente demonstra a falta de sensibilidade pela situação financeira dos clubes visados. A não ser que a FMF ainda vai informar que vai custear as despesas da mesma, desde as deslocações das equipas, alojamento e alimentação”, referem na carta de impugnação.
O Matchedje de Mocuba, Textáfrica do Chimoio e Desportivo Maputo, terminam a carta referindo que “requererem a anulação parcial do teor do Comunicado Oficial nº 049/FMF/D/2021, de 17 de Agosto de 2021 e todo o conteúdo do C.O. nº 072/FMF/2021, que marca data para o respectivo sorteio, ficando sem efeito a prova, habilitando-se, assim os três requerentes a permanecer no Moçambola de 2022, como aliás sempre ficou assente”.
Recorde-se que o Matchedje de Mocuba, Textáfrica do Chimoio e Desportivo Maputo ocupam as últimas três posições, que inicialmente despromoviam à segunda divisão, entretanto, devido a não realização das provas provinciais e devido a restrições impostas pela COVID-19, a Federação Moçambicana de Futebol acabou por decidir pela diminuição do número de equipas que deverão disputar o Moçambola 2022, de 14 para 12, sendo que a 12ª equipa sairá da Liguilha a sair dos três últimos classificados do Moçambola 2021.
Para já, os três clubes esperam pela resposta à impugnação, quando faltam quatro dias para o sorteio, marcado para 9 de Novembro corrente.
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